FONTES IBIAPINA

PROVÉRBIOS, ADÁGIOS, RIFÕES, BROCARDOS, MÁXIMAS, PARÊMIAS, PROLÓQUIOS, DITADOS, MODISMOS, EXPRESSÕES, COMPARAÇÕES, LOAS, LODAÇAS, RELAXOS, FACÉCIAS, CHULOS e o diabo a quatro de pernas para o ar, pelo avesso, no linguajar do caboclo nordestino duma figa.

Cabra ruim!


* Acende uma vela a Deus e outra ao Diabo.
* É o cão do Livro Segundo. (1)
* É um Satanás pregando quaresma.
* É um cheiro de canto de unha.
* É como chifre de cabra, não dá nem cornimboque. (2)
* É como marcha de égua, não tem valor.
* É que nem fogo de monturo. (3)
* É parto sem alfazema. (4)
* É oco de poço que pedra não encontra o fim.
* É resto de cristel que cu enjeita. (5)
* Não vale a bufa de uma muriçoca.
* Não vale o peso da sombra.
* Não vale o que o gato enterra.
* Não vale um dedal de mel coado.
* Ruim que só a mãe do alastrim.
* Ruim que só melancia de ponta de rama. (6)
* Ruim que só merda de purgado.

(1) Refere-se àquela lição do 2o. livro do primário, de Felisberto de Carvalho e Epaminondas de Carvalho, onde o demônio aconselhava um homem a matar seu pai e sua mãe e espancar a esposa, para enriquecer.
(2) Cornimboque: tabaqueira de chifre.
(3) Traiçoeiro. É que o fogo em monturo, muitas vezes, por cima está apagado e por baixo qeimando.
(4) Também se diz: parto sem alfazema / defumado como bosta de ema.
(5) Cristel: clister.
(6) A melancieira, quando no fim da safra, vai secando o tronco e as partes laterais da rama. Só nas pontas das ramas nascem novos brotos que dão melancias pequenas e desenxabidas, denominadas de tamboeiras ou pororocas.

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